2.4.09

Ilusão do Poder

O Mestre Tibetano pede que cada um dos membros dos grupos esotéricos se esforce para desenvolver a aptidão para dissipar a miragem (que corresponde ao plano astral ou emocional) e a ilusão (de caráter mental) dentro da vida pessoal de cada um.
Ele diz também que todos os grupos envolvidos com o trabalho esotérico têm o seu dharma, isto é, dever, obrigação e que o desenvolvimento da intuição é obrigação definida e específica para o estudante ocultista.
Sabemos uma das mais úteis e potentes formas para o desenvolvimento da intuição encontra-se no estudo e na interpretação dos símbolos. Sendo os símbolos formas exteriores e visíveis de realidades espirituais interiores, a sua interpretação correta revela a realidade que subjaz, que está por trás da forma.
Ilusão: é a percepção mental da verdade mal interpretada e mal aplicada, enquanto que intuição, o oposto da ilusão, é a percepção direta da verdade. (Definição dada por Dr. Jayme Treiger) A ilusão é dispersada, rejeitada e descartada através do uso consciente da intuição. É a própria alma que dispersa a ilusão, pelo uso da faculdade da intuição.
Nosso tema: Ilusão do Poder Mestre Tibetano afirma que a “ilusão do poder” é um dos mais sérios testes com que se confronta o aspirante. É raro para qualquer discípulo escapar dos efeitos deste erro de ilusão porque ele é, curiosamente, baseado no sucesso e no motivo correto.
Como podemos traduzir esse sucesso e o motivo correto? Pelo desejo de servir e amar e pela prática regular da meditação, o discípulo pode ser bem sucedido em fazer contato com a sua alma. Então, a alma no seu próprio nível, se estende em duas direções: para a Mônada, iluminando o plano da intuição e para a personalidade integrada, iluminando o plano da mente de modo que eles (o plano da intuição e o plano da mente) se revelam um ao outro e se relacionam entre si.
Um sentimento de poder flui através dos veículos da personalidade do discípulo. Sua mente se torna consciente de um mundo novo, o mundo das idéias (o mundo da alma). Ele se prende a alguma idéia ou a um feixe delas procurando absorvê-las, mas a mente ainda indisciplinada e auto-centrada e o contato com a alma, débil e irregular, fazem com que as idéias sejam apenas percebidas. O resultado disto é que ele se torna mais enredado pelo senso do poder (a ilusão) e com a necessidade vital da humanidade do que com o aprofundamento da faculdade de discernimento. Em vez de redobrar seus esforços estabelecendo um contato mais íntimo com o reino das almas, ele começa a atrair atenção para si e para a missão que ele tem que cumprir.
À medida que ele faz isto seu contato diminui e ele penetra na ilusão do sentido de poder. Esta forma de ilusão está se tornando cada vez mais predominante entre os discípulos e aqueles que receberam a primeira e segunda iniciação.
Como ocorrem a distorção e a redução da idéia? 1º) Através da prática de meditação diária e do serviço amoroso, o discípulo estabelece um contato, ainda que fugaz muitas vezes, com a alma. 2º) A alma, então, lança sua luz para cima e para baixo e a idéia, ainda nebulosa, aflora na consciência do discípulo que se esforça em “manter a mente firme na luz”. 3º) Nos níveis superiores do plano mental, a idéia se reveste com a “substância mental“ vitalizada pela energia da alma. 4º) A mente, que se esforça para permanecer em contato constante e consciente com a alma, passa a enxergar o Mundo Superior através do 3º olho e registra a idéia com clareza. 5º) É o primeiro passo para que a idéia se materialize e a idéia corporificada é ideal. 6º) Então, sendo o equipamento humano ainda inadequado, ele faz com que a idéia seja distorcida ao ser transferida para a consciência cerebral. Assim se produz a ilusão.
O Mestre Tibetano alerta sobre o uso e controle da natureza dessas forças e energias que devem ser compreendidas e trabalhadas no plano físico e conscientizadas no cérebro.
Existem técnicas que orientam o discípulo para um relacionamento consciente com novos estados de consciência e novos campos de serviço. Pela Técnica da Presença, a alma assume o controle da personalidade integrada e de suas relações horizontais (com o mundo material e com as pessoas) e verticais (com o Mundo Superior). Esta técnica envolve o desabrochar da flor da intuição, dispersando a ilusão, revelando o Anjo, indicando a Presença e, abrindo para o discípulo o mundo das idéias divinas ou pensamentos-semente, ele se torna um iniciado e a terceira iniciação torna-se possível como um objetivo imediato. Esta técnica é relacionada à pouco conhecida Ioga chamada Agni Ioga ou Ioga do Fogo.
Referências Bibliográficas: Bíblia Sagrada Mestre Tibetano: "Miragem" Mestre Morya: "Aum"

Nenhum comentário:

Postar um comentário