18.10.07

O REBELDE


O REBELDE, pela sua própria natureza, não pode pertencer a nenhuma categoria existente. Ele é uma nova categoria, introduz um novo homem no mundo. Ele é o precursor de um novo amanhecer, de um novo começo. Nenhuma categoria do passado o pode conter. Todas as categorias que têm existido até agora demonstraram ser ou fracassos, ou insuficientes para mudar a humanidade inteira.
O rebelde é a semente para a transformação de tudo.
Existiram indivíduos notáveis no mundo, mas mesmo os mais notáveis são muito pequenos em comparação ao autêntico rebelde do qual estou falando, porque todos eles, de uma maneira ou de outra, fizeram concessões ao sistema. E é aí que o rebelde difere de todos eles.
Eles eram sábios, eram artistas criativos, eram músicos, dançarinos, todos os tipos de pessoas - o passado produziu muitas figuras luminosas, mas algo está faltando nelas. Uma coisa básica que falta é: todas viveram comprometidas com os interesses estabelecidos. Nenhuma delas foi total em sua rebeldia. Sim, rebeldes parciais existiram, mas um rebelde parcial não é suficiente. O homem precisa de rebeldes totais para mudar o destino da humanidade, tirá-la do caminho para a sepultura e colocá-la no caminho para o jardim do paraíso.
O próprio rebelde terá que criar uma categoria - pelo seu próprio viver, pelas suas próprias respostas, pela sua própria criatividade, pelo seu próprio amor, pela sua própria atitude de não fazer concessões, por se tomar totalmente descontínuo com o passado. O rebelde não terá nenhum passado, nenhuma história. Terá somente o presente e um vasto futuro que está aberto, não dominado pelo passado morto, porque não há passado para o rebelde.
O rebelde significa liberdade absoluta, amor absoluto, criatividade absoluta. Ele é um tipo totalmente novo de homem, com o qual algumas pessoas sonharam no passado, alguns poetas, alguns filósofos, alguns místicos, mas ele tem permanecido um sonho - tanto é assim que as pessoas começaram a chamar esses poetas e místicos de utópicos.

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